A Igreja na prevenção e no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
É dever da Igreja proteger as crianças e os adolescentes, que são alvos do nosso amor e cuidado. No dia 18 de maio, foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil. Durante o mês, acontece a campanha do Maio Laranja, em prol da prevenção, proteção e combate à violência sexual. Considerando a relevância do assunto e o cuidado que precisamos ter com crianças e adolescentes como Igreja, é fundamental buscar informações para prevenir e proteger.
É importante começar entendendo o que é a Violência Sexual, que consiste na violação dos direitos sexuais, abusando ou explorando o corpo e a sexualidade de crianças e adolescentes. Essa violência pode ocorrer de duas formas: abuso sexual ou exploração sexual. E qual a diferença entre abuso e exploração? O abuso sexual envolve qualquer ato de natureza sexual com crianças e adolescentes, enquanto a exploração sexual é a utilização de pessoas para fins sexuais mediada por lucro ou outros elementos de troca, ocorrendo em contextos como prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo com motivação sexual.
Entender o contexto no qual a violência sexual ocorre ajuda na prevenção e proteção. Você sabia que a maior parte dos abusadores são do convívio da vítima, podendo ocorrer dentro ou fora do ambiente familiar, até mesmo no ambiente da Igreja? Quase 70% dos casos deste tipo de violência contra crianças acontecem dentro de suas próprias casas, por quem deveria protegê-las.
As consequências do abuso e da exploração sexual são cruéis, incluindo prejuízos sociais, emocionais, físicos e familiares. As vítimas podem apresentar sintomas como medo, depressão, ansiedade, insegurança e outros problemas emocionais. Elas podem se isolar socialmente e evitar relacionamentos profundos, com impactos a curto e longo prazo em seu comportamento social.
Como a Igreja pode ser esperança para crianças e adolescentes?
- Promova encontros intencionais com pais e responsáveis sobre a proteção e os direitos das crianças e adolescentes, alertando quanto ao abuso sexual;
- Oriente as crianças a respeito da proteção de seus corpos e a necessidade de limites aos toques constrangedores;
- Capacite líderes e voluntários para que estejam preparados para identificar, lidar, acolher as vítimas e denunciar o(a) autor(a) da violência;
- Conscientize os líderes eclesiásticos a respeito da importância de denunciar os casos de violação de direitos;
- Quebre o tabu sobre a temática, converse sobre o assunto e procure criar um ambiente saudável e seguro para o compartilhamento das experiências.
A Igreja não pode permanecer em silêncio diante de um cenário tão caótico e destruidor. Ignorar essas situações após tomarmos conhecimento delas é negar uma verdade que precisa ser exposta. Acreditamos que toda violência contra a vida é uma agressão ao Autor da vida. Reconhecemos que não podemos alcançar todas as crianças e adolescentes de uma vez, mas nos colocamos diante desse sofrimento com determinação e coragem. A Igreja é uma instituição poderosa, pois é liderada por Jesus, e Ele se preocupa com as crianças, os adolescentes e todos aqueles que sofrem.
Você faz parte da Igreja, juntamente com seus irmãos em Cristo, e, portanto, também compartilha a responsabilidade de levar esperança. Envolva a sua Igreja na proteção de crianças e adolescentes. Convide pessoas capacitadas para falar sobre o tema, busque informações em cartilhas de saúde e de pessoas que são referências no cuidado com crianças e adolescentes.
“A nossa fé nos ensina que de sofrimento, perda e morte, Deus gera a vida” (Diane Langberg).
Nós abraçamos a causa. Por todas as crianças e adolescentes!
Disque 100. Denuncie.
Equipe Vem Pra Vida – Coordenação da Juventude Batista Brasileira
JORNAL BATISTA Domingo, 23/06/24